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01 fevereiro 2019

Resenha: Chypre Clair - Condé Parfum

Eu já deveria ter publicado sobre esse perfume que me entorpece até a alma, o Chypre Clair da Condé Parfum.

Faz-me dançar na chuva
Em uma floresta verdejante
De terra escura 

Faz-me radiante
Renovada
Iluminada
Pela natureza, amada


''Chypre Clair é inspirado em um perfume fresco com uma quase áurea chypre, uma das famílias olfativas mais importantes da perfumaria.
Uma fragrância simples e ao mesmo tempo sofisticada, criada para adaptar-se a um clima tropical. Por essa razão, sua saída é composta de um conjunto de cítricos como petitgrain, limão siciliano, bergamota e limão da Pérsia, prolongando o frescor.
No corpo, o revigorante e saboroso chá verde junto ao bambu, continuando o acorde verde e fresco, mas com pitadas de flores aquáticas, sem alterar sua essência.
Na base, nuances de musgo de carvalho e vetiver, refinando e finalizando esse perfume predominantemente fresco e ao mesmo tempo um quase chypre ou, porque não, um chypre moderno?''

Para começar, eu nunca tinha sentido um perfume com a nota de petitgrain tão forte e evidente (petitgrain é um dos meus aromas preferidos da vida, o terceiro, depois de ylang ylang e gerânio).

Petitgrain tem um aroma que me lembra Natal, que me transporta para uma floresta só de pinheiros, me faz ver pinheiros que exalam petitgrain. Isso é bem desconexo porque pinheiros não têm cheiro de petitgrain. Ele é extraído de folhas cítricas e o meu olfato passa longe de sentir a citricidade dele, mesmo que suavemente. Seu aroma é alaranjado, mas o sinto totalmente verde, verde molhado, um verde enraizado.

Na saída, a mistura perfeita do petitgrain com o limão siciliano cria uma sinfonia olfativa extraordinária (o cheiro da nota de limão siciliano me faz querer litros e litros de limonada suíça). Pra mim, até hoje, essa é uma combinação ímpar, incrível e narcótica. Nessa fase, um perfume verde e amarelo, florestal e fresco.

Vale o seguinte adendo: Essas notas, na minha pele, permanecem da saída até a base.

Passada a evolução para o corpo, o acorde verde só intensifica a minha ideia fixa de aroma de pinheiro, aroma de Natal. É exatamente isso que me entorpece e me faz morrer de amores por ele.

Tem notas de flores aquáticas no corpo? Tem! Porém o meu olfato não identifica e eu acho o máximo, já que não sou fã delas.

No fundo, o telúrico e rançoso vetiver numa concentração sutil, mas dando seus belíssimos ares das graças, deixando o perfume florestal, terroso, marrom, chuvoso. É, ao meu olfato, quase imperceptível porque petitgrain e limão siciliano reinam do começo ao fim e de maneira nada tímida.

O meu olfato o define como um perfume verde, florestal com um toque deliciosamente fresco.

Não é um simples perfume fresco. É um perfume com grande potencial sedutor, grande potencial entorpecente. Um perfume sofisticado, muito bem elaborado. Um perfume para ser assinatura olfativa de quem o escolhe. 

Me faz bem
Me alegra
Me anima
Me deixa pra cima

Aqui sim é uma experiência olfativa extraordinária, daquelas que passam longe de ''perfumes de massa.''

O meu Chipre Clair veio da Condé Parfum e você pode adquirir o seu aqui. Clique aqui para conhecer as demais joias olfativas da Condé!