O perfume resenhado da vez é uma inspiração do Cabotine de Grès, um perfume noventista, tornou-se uma referência para jovens moças, um perfume que passa longe dos atuais.
Cantara é uma fragrância leve, porém tenaz, inspirada na mulher espontânea e vibrante, que conquista todos ao seu redor com o seu olhar que transmite pureza e jovialidade. Ela traz em sua personalidade a menina divertida e espontânea que sempre foi e que é na realidade a sua grande virtude. Ela é jovem e desfruta plenamente a sua vida, fazendo de cada acontecimento uma celebração.
Notas de saída - Bergamota, ylang ylang, gengibre
Notas de coração - Gengibre, lírio, jacinto e tuberosa
Notas de fundo - Patchouli, sândalo, almíscar e groselha negra
O frasco curvelíneo esbanja leveza e graciosidade, lembrando uma caminhada numa refrescante manhã de primavera rodeado de borboletas.
Na saída, a minha nota preferida da vida (ylang ylang) da o ar da graça lindamente com um teor alcoólico que dura três segundos. O cítrico da bergamota se esvai com a mesma rapidez que o aroma alcoólico.
No coração, o lírio se mistura com a tuberosa e cria uma harmonia floral incrível. Aqui, um floral branco, mas, ao meu olfato, pesado, atalcado. A nota de gengibre é apenas para dar um toque quente, mas de maneira muito sutil, que chega a passar despercebido.
No fundo, o aroma fragrante do sândalo (essa nota também é doce, porém não sinto o adocicado dela, apenas o da groselha negra - nada enjoativa e fica muito rente a pele). O almíscar intensifica a pegada atalcada.
Se não gosta de perfumes aldeídicos, atalcados do começo ao fim, nem chegue perto do Cantara porque ele é assim!
As notas que mais reinam são as florais, são as que projetam. As demais notas ficam rente a pele.
O meu Cantara veio da Ibai Brasil (aqui) por R$39,30 (trinta e nove reais e noventa centavos).